Desde os primórdios da humanidade diversos ciclos evolutivos foram observados e impactaram de maneira significativa na evolução do ser humano e seus agrupamentos em organizações, notadamente as empresas, em todas as suas classificações (lucrativas, filantrópicas e ONGS).
No final dos anos 1700 a Revolução Industrial trouxe impacto fortíssimos em sistemas produtivos, afetando a sociedade e as comunidades ligadas ao ambiente fabril, gerando, de maneira, clara e inequívoca, desenvolvimento e forte impacto no aprimoramento profissional.
A chegada dos sistemas computacionais acelerando o processamento de dados, gerou nova configuração aos sistemas produtivos e na forma como as pessoas se relacionam com os momentos da sociedade.
Em todos esses momentos a preocupação com o desemprego permeou a sociedade, o que não se confirmou, notadamente quando se observa que as nações tecnologicamente mais desenvolvidas, apresentam taxas baixas de desemprego. O que sempre surgiu nesses momentos, foram necessidades de adaptações e readequações dos agentes profissionais, acelerando seu próprio desenvolvimento pessoal e modificação espiritual, uma vez que incorporaram-se rapidamente aprendizados inovadores e de alta inteligência, atributos indispensáveis para o aperfeiçoamento como ser que necessita de evolução.
Contemporaneamente, as tecnologias disruptivas tem se mostrado bastante presentes, não somente na geração de produtos e serviços, como também no cotidiano das pessoas. Isso mostra que o ser em evolução encontra amparo cada vez maior em condições inovadoras e facilitadoras para a evolução espiritual. E a facilitação que a tecnologia traz apresenta suportes importantes para o desenvolvimento da inteligência e descobertas intrínsecas à evolução.
Diversos momentos e novas oportunidade circunstanciais
Ao se observar as diferentes épocas consideradas revoluções tecnológicas, percebe-se que o ser humano sempre se adaptou e obteve grandes ganhos com cada uma das diferentes tecnologias aplicadas em suas vidas.
O primeiro impacto é sempre na gestão da própria tecnologia, o que implica desenvolver meios de sustentação dos negócios e desenvolver novos produtos e serviços mais adequados às necessidades humanas. Obviamente, os agentes econômicos envolvidos podem se beneficiar, e diga-se de passagem justamente; porém, os ganhos para as pessoas são sempre relacionados com o que se pretende em termos de inovação, o que pode significar praticidade, qualidade, acuracidade e efetividade, além da disponibilização de tempo para atividades outras.
Considerando que o ser humano precisa sempre evoluir e seu espírito aspira por isso, cada momento de mudança gera linhas importantes de oportunidades, uma vez que provocará rupturas com pensamentos ultrapassados e formas de se comportar ainda vinculadas a períodos pretéritos. Neste cenário, as oportunidades podem se apresentar em forma serviços a outros, auxílio técnico, caridade efetiva etc. Tomemos como exemplo um profissional que utiliza associação de dados de uma pessoa, devidamente autorizados, é claro, para estudar e desenvolver medicamentos customizados, ou seja, apropriados para aquela determinada pessoa. Certamente, os algoritmos e técnicas de mineração de dados atuais, poderão acelerar a busca e o encontro de soluções que até pouco tempo atrás pareciam distantes e jamais personalizadas. Como consequência dessa ação de restabelecimento de saúde, o indivíduo que se beneficiou da tecnologia empregada para sua situação, pode, por exemplo, disponibilizar mais tempo, já que estará recuperado, para obras de assistência e ajuda a pessoas necessitadas.
Obviamente esses são exemplos de apenas pequenas situações cotidianas de ação no novo contexto da sociedade, mais tecnológica e atualizada.
Sociedade como beneficiária
Mais pessoas se dedicando a serviços e atendimentos em filantropia, podem gerar uma onda de ajuda e caridade que tenderão a modificar o perfil da sociedade, tornando-a mais humanizada em termos de relacionamentos e ainda mais efetiva em termos de agregação.
No início da década de 1980, o consultor americano John Naisbitt (1929-2021), se notabilizou com a obra “Megatendências: as dez grandes transformações que estão acontecendo na sociedade moderna”. Por si, a obra já era interessante na época, por antecipar tendências que ocorreriam na sociedade nas próximas décadas. Dentre as diversas tendências, uma chamava à atenção: a sociedade passaria de ajuda institucional para sociedade de autoajuda. Evidentemente, os estudos de Naibitt não previram a existência de inteligência artificial nem a inteligência organoide, as quais serão melhor abordadas adiante. Porém, toda a tecnologia em desenvolvimento geraria, como consequência, autoajuda, ou seja, as pessoas estariam mais sensíveis ao auxílio e à colaboração pessoal, o que se exponenciam com as marcantes possibilidades que a tecnologia nos apresenta na atualidade.
Ponto de destaque nos estudos de Naibitt, era uma das tendências que dizia que a sociedade materialista se transformaria em sociedade mais equilibrada. O que ele queria dizer com “equilibrada”, nada mais era do que as pessoas darem maior importância ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Em trecho do texto de Naisbitt esta condição fica mais evidenciada, quando ele menciona que “temos que aprender a equilibrar as maravilhas da sociedade moderna com as exigências espirituais de nossa natureza humana” (NAISBITT, 1983, p.40). Isso é exatamente o que vivemos nos momentos atuais, nos quais os saltos tecnológicos geram-nos mais oportunidades de contatos humanos e maior disponibilidade de ajuda e caridade.
No campo dos estudiosos de pautas futuras, o brasileiro Ethevaldo Siqueira (1932-2022), jornalista especializado em tecnologia, dentre outros assuntos, deixou-nos uma rica obra denominada “2015 como viveremos”, escrita em 2004 e que trazia perspectivas para a sociedade de anos depois. Em um dos capítulos da obra, Siqueira, deixa clara a condição de qualidade de vida gerada pela tecnologia, quando menciona “…o teletrabalho passou a ser visto neste começo de século mais como busca de harmonia, de humanização do trabalho, de conforto e prazer e, consequentemente, de maior produtividade” (SIQUEIRA, 2004, p.234).
Essas visões em perspectivas estão fortemente presentes na sociedade atual, com grandes ganhos em qualidade de vida e oportunidades de desenvolvimento de novas formas de viver, mais humanizadas e coerente com nossas evoluções espirituais.
Mas, uma pergunta chega a nós nesse momento: como gerir tecnologias emergentes e ao mesmo tempo desenvolver as pessoas para que possam se encaminhar e desfrutar desse momento da sociedade? Esta pergunta encontra resposta em sob diversos prismas; porém, fixaremos aqui o lado da evolução das pessoas e da sociedade, suas etapas associáveis ao desenvolvimento tecnológico.
Etapas do desenvolvimento tecnológico e consequências no nosso cotidiano
O passado recente apresenta inúmeras etapas do desenvolvimento tecnológico, com consequências imediatas sobre o cotidiano das pessoas. A princípio, parece-nos difícil perceber a presença do avança tecnológico e sua influência em nosso dia-a-dia. Porém, uma avaliação mais fina poderá fornecer alguns indicativos interessantes.
Podemos dizer que a Inteligência Artificial (IA) é, na verdade a quarta onda do avanço tecnológico recente. Isso porque ele começou com o avanço de sistemas de processamentos de dados mais rápidos e com maior acuracidade. Sugere-se considerar que este processamento de dados é a primeira onda dos avanços recentes.
Podemos perceber a importância desta onda de velocidade e acuracidade nos dados, quando nos dirigimos a um centro de compras e a consulta ao estoque se dá por meio de breve consulta que, em curtíssimo espaço de tempo, diz se o que queremos está disponível. Já ao efetuar o pagamento, a velocidade e a qualidade dos dados se manifestam de igual forma: tudo muito rápido e com clareza e exatidão nos dados sobre a compra e sobre o pagamento.
Ganhamos qualidade de vida e tempo para disponibilizar a outras tarefas, inclusive no atendimento a obras assistenciais, que evidenciam nossa natureza de seres gregários.
Uma segunda, não tão recente, porém, mais atuante na última década, é a utilização de algoritmos. Eles nos ajudam em buscas, orientações e demais trabalhos de nosso cotidiano. Muitos de nós poderão dizer que eles atrapalham nossas vidas; obviamente uma alusão ao uso indevido dos algoritmos. Porém, quando devidamente utilizados, nos ajudam em sistemas de mobilidade e tráfego, dentre outros, por exemplo.
Assim, percebe-se que a tecnologia vai sempre nos apresentando condições inovadoras e interessantes de vida, facilitando, completando e agilizando nossas atividades; um cenário propício para a evolução espiritual, em um planeta que busca novo status como de regeneração.
A terceira onda destas tecnologias recentes, é o que de denomina de Internet das Coisas (IOT, na sigla em inglês, Internet of things). A presença da rede mundial Internet em diversos locais e coisas, agiliza e fortalece a qualidade de operações simples do dia-a-dia, como ter um cartão de crédito não físico, ou mesmo utilizar o GPS durante o deslocamento de carro.
Vida facilitada, qualidade e acurácia de informações, com geração de tempo disponível e tratamento adequado de informações a serviço do homem. Tomemos como exemplo, uma pessoa interessada em descobrir onde se localiza um templo religioso em uma cidade fora daquela que ela conhece. A busca em equipamentos de Internet de qualquer local, possibilitará o encontro do que se deseja. Com o advento das cidades inteligentes, a disponibilização das redes Wi-fi, gera a possibilidade de se conectar de qualquer local, uma condição importante para uma sociedade mais ágil e interessada em otimizações com qualidade.
A quarta onda de tecnologia foi a chegada do Metaverso, um local não físico onde podem ocorrer atividades. Na verdade, pode-se dizer que é um espaço virtual que proporciona realidade diferenciada. Uma das fortes e impactantes características do Metaverso é a imersão, ou seja, podemos “entrar” em um universo virtual e obter as sensações e contatos ali existentes. Grandes corporações utilizam o Metaverso para expor e comercializar produtos e serviços, possibilitando que os consumidores possam sentir e provar os produtos como se os fossem utilizar de imediato. Obviamente, os negócios ali realizados geram oportunidades empresariais importantes; porém, as próprias pessoas podem se beneficiar, ao se evitar deslocamentos para visitar exposições físicas de produtos e mesmo efetuar compras. Novamente, está presente ganho de tempo e ganho de qualidade de vida. Como resultado destes ganhos, pode-se ter fortalecida a condição de evolução espiritual, se todos os resultados positivos forem canalizados para benefícios mútuos, como é o caso da relação entre o tempo economizado e os serviços filantrópicos que podem ser realizados.
O Metaverso apresenta-nos condições apropriadas para a geração de valor e sua óbvia retenção por parte de quem o gerou e de quem o utilizou.
A quinta onda das tecnologias recentes é a Inteligência Artificial. A inteligência artificial é o desenvolvimento de sistemas algoritmos para realizar tarefas de maneira semelhante à inteligência humana, o que envolve o aprendizado e a percepção. Obviamente não é inteligência humana, mas sim, um sistema que procura se assemelhar ao padrão do Homem.
Já temos condições plenas de a utilizar de forma mais intensa em nosso cotidiano, haja vista que qualquer de nossos mecanismos de relacionamento já no oferecem acesso simples e rápido à diversos tipos de Inteligência Artificial.
Para que a inteligência artificial seja efetiva e apresente-nos resultados adequados, precisamos estar atentos ao que ela gera a cada solicitação de nossa parte.
Tudo começa como uma consulta que fazemos a ela, Inteligência Artificial. Para isso, devemos descrever correta e completamente nossa solicitação, porque a IA vai atuar exatamente no que foi solicitado, palavra por palavra. Essa solicitação tem um nome no mundo da tecnologia da IA: é o que denominamos de prompt. Um prompt é uma instrução ou um texto que por nós elaborado indicará à IA o que ela deve fazer; por isso a necessidade de se ter um comando adequado e o mais próximo possível do que queremos.
Como já temos a nossa disposição de maneira intensiva e irradiada a inteligência artificial, é importante que façamos análise do que foi gerado pela IA, pois ela buscará em segundos as informações que tiver disponíveis, e as colocará sob forma de resposta ao prompt. Isso poderá gerar algum tipo de inconsistência, caso o prompt não esteja adequadamente escrito.
Novamente ganhamos qualidade de vida, aceleração em nosso trabalho e tempo economizado. É a tecnologia a serviço do ser humano, que pode se dedicar de maneira intensa a outras tarefas mais nobres e necessárias a sua evolução espiritual.
Resta ainda citar a última das tecnologias recentemente em foco: a Inteligência Organoide (IO), que podemos rotular de quinta onda das tecnologias recentes que se encontra neste momento em fase emergente de desenvolvimento
Inteligência Organoide (IO) é um campo que busca desenvolver a computação biológica, utilizando-se, para tanto, de estruturas cerebrais próximas às humanas, ou seja, os chamados biocomputadores. Parte-se do princípio de que se criam cérebros em 3D a partir de células troncos, criando, assim, mecanismo que possibilita a geração de formas de atuação mais próximas possível do humano, porém, extremamente mais rápidas e com maior grau de acerto e profundidade. A concepção da IO parte do princípio de criação de cérebros a partir de células troncos, facilmente encontradas em dentes, por exemplo, e a partir deles inserir a IA.
Os sistemas de IO, em fase inicial de desenvolvimento e associados à IA podem ser comparados com os assistentes virtuais que mantemos em nossas casas, com por exemplo os assistentes movidos por comando de voz. Outra utilização que trará ganhos exponenciais é no campo da saúde. Considere que a análise de uma série de casos de determinada doença gere medicamento preventivo ou mesmo corretivo. Tal análise demandaria muito tempo pelas vias normais de pesquisas e análise de dados, utilizando-se técnicas como análise de conteúdo ou mesmo análise multivariada. Com a utilização da IA mais a IO, tal resultado poderia ser obtido em poucos minutos, obviamente demandando avaliação da qualidade dos dados obtidos.
A IO ainda está sendo desenvolvida e aprimorada, de maneira a que certamente teremos muitas evoluções em futuro próximo.
Novos tempos e melhores condições de vida
Pode-se dizer que as cinco ondas mencionadas, transformam-se, no momento, no estágio atual de nossa sociedade associada tecnologia, que a utiliza e captura valor em cada um dos itens consumidos.
Mas, estaríamos sensíveis a estas modificações e condições de modernidade ou atualidade que a tecnologia nos traz?
Esta é uma pergunta que a sociedade precisa estar preparada para responder e isso demanda entendimento e compreensão dos porquês de tamanha evolução.
O crescimento e o desenvolvimento de novas tecnologias demandam sistemas de gestão diferenciados e igualmente pessoas melhor preparadas para o convívio com estes ambientes mais dinâmicos e que nos atendem em nossos anseios como espíritos em evolução.
A evolução do ser humano e, em especial do Espírito, é inexorável, ou seja, compulsória perante as leis divinas. Não há retrocesso no caminho evolutivo; o ser humano precisa passar por ele e dele tirar o melhor proveito possível, seja em termos pessoais, seja em termos espirituais.
A presença maciça de tecnologias em nossas vidas, mostra-nos que podemos usufruir delas de maneira como nossos antepassados não puderam ter essas condições. Um verdadeiro presente para nós que estamos vivenciando este saudável e instigante momento da sociedade.
As diversas ondas tecnológicas recentes, mostram-nos diferentes aspectos que podem significar os ganhos aos quais estamos submetidos como seres em evolução e desfrutadores de tamanha possibilidade tecnológica. Estes ganhos podem ser assim resumidos:
- Experiências produtivas: condições diferenciadas de geração de dados para obtenção de informações relevantes à criação e geração de serviços.
- Experiências operacionais: ligadas aos aspectos dos sistemas operacionais que são utilizados pelas diferentes tecnologias, os quais, quando analisados, podem gerar novas ondas de evolução.
- Experiencias imersivas: nosso efetivo contato com o ambiente tecnológico, possibilitando desfrutar dos aspectos virtuais de produtos e serviços para, somente depois, tomarmos decisões de obtenção e vivência efetiva com tais produtos ou serviços.
- Experiências geracionais: passamos a utilizar a IA e passaremos a utilizar a IO para gerar textos, imagens, objetos concretos e, acima de tudo, conhecimentos agregados para nossa perfeita caminhada rumo a evolução espiritual.
Quanto mais nos aprofundamos nos resultados que as tecnologias nos trazem, melhor aprendemos e entendemos as inúmeras possibilidades que elas nos trazem, notadamente em nossas condições de vidas.
Um aspecto importante a considerar para os efeitos da tecnologia atual em nossas vidas, é quanto a nossa saúde, considerada sob os quatro pilares trabalhados pela Organização Mundial da Saúde (OMS): saúde física, saúde mental, saúde social e saíde espiritual. Os aspectos considerados nas ondas recentes de evolução da tecnologia, dão provimento ao atendimento destes quatro pilares de saúde.
Esse novo tempo, recheado de dispositivos e conhecimentos tecnológicos, são significativamente importantes para os espíritos que estão no caminho de aprendizado e evolução, notadamente quando se considera que aprender e aplicar são condições importantes para realizações de obras, sem as quais nada vale a fé. Independente da religião que tenhamos, a utilização da tecnologia atual na geração de bem-estar ao próximo, é algo humano, antes de religioso.
As melhores condições e vida podem ser por nós geradas para toda a coletividade, a partir do momento em que geramos novas obras, importantes e de qualidade, e as distribuímos para aqueles que ainda não têm acesso aos resultados positivos do momento atual da sociedade.
Cabe a cada um de nós, portanto, aprender e disseminar as bases dos novos conhecimentos no ecossistema social em que estivermos, pois dele fazemos parte e usufruímos dos benefícios que nos oferece, consubstanciados pela oportunidade de sermos atuantes e pelo efetivo reconhecimento de sermos membros a comunidade. É a reciprocidade que geramos para a sociedade que nos acolhe e nos possibilita as condições de vida.
Mas, quando se fala em novos tempos, uma pergunta se faz: até quando durará este novo tempo e quando irá um outro novo tempo?
Na verdade, não há uma data específica para os ciclos de desenvolvimento da tecnologia associáveis ao desenvolvimento do ser humano, a menos que um evento específico se transforme em marco histórico para um determinado evento. Há, sim, período, ou locus de tempo.
O locus de tempo pode ser considerado sob diversas perspectivas quando se fala em evolução. Pode-se ter o que se pode denominar de orientação para o presente, a situação na qual as pessoas focalizam predominantemente o momento atual. Há ainda o locus temporal do passado, quando as pessoas se prendem aos acontecimentos preteridos e apresentam dificuldades de se adaptar ao presente. Por último, e o mais significativo para as questões que envolvem a perspectiva tecnológica, de gestão e de evolução, encontra-se o que se pode denominar de locus temporal de futuro, ou seja, quando a pessoa cria planos e geram objetivos e metas para o momento futuro. Neste sentido o locus temporal de futuro apresenta estímulos à pesquisa, à ciência e à inovação tecnológica, condições importantes para o ser humano em evolução e em condições de abertura para aprendizagem e foco no crescimento.
Analisar o locus de tempo das pessoas em relação às tecnologias, pode-se obter indicativo de quanto elas estão próximas ou distantes das condições atuais da sociedade, tanto em termos tecnológicos quanto em termos de qualidade de vida. Uma das hipóteses para avaliar esta condição, é verificar o quanto as pessoas estão atualizadas em relação às tecnologias em suas vidas, suas aplicações e possibilidades de ganhos.
Normalmente, as pessoas somente aderem às inovações se perceberem ou sentirem que obterão ganhos, ou seja, que se beneficiarão das novidades. E nada melhor que realizar um inventário pessoal sobre tecnologia para saber se estamos ou não ligados no momento da sociedade.
Necessidade de atualização
Como seres em evolução e que, necessariamente precisamos estar efetivamente vinculados ao tempo que vivemos, ou seja, inseridos nas condições atuais da sociedade, somos convidados de maneira constante a nos inserir nos avanços e dele desfrutar as benesses.
Não há como desvincular nossa evolução do momento atual, pois do contrário ficaríamos parados no tempo, o que é absolutamente incoerente com nossa característica espiritual.
Isto posto, resta entender como podemos gerir nossa evolução associando-a de maneira completa com a sociedade contemporânea, que é repleta de novidades e oportunidades.
Ao se atualizar em termos de tudo o que ocorre ao nosso redor, buscando sempre oportunidades e melhorias, fazemos nossa inserção no estágio atual do planeta; e precisamos sempre buscar as atualizações e inserções.
Uma vez inseridos, o desfrute das condições gera possiblidades customizadas, ou seja, cada um de nós descobre como obter benefícios e potencializar nosso convício social. Se compreendermos que por trabalho devemos entender toda ocupação útil, todos nossos envolvimentos sociais que sejam de profícuos, podem solicitar aplicações tecnológicas e ao mesmo tempo gerar novas oportunidades de desenvolvimento.
Tomemos por exemplo, um trabalho de distribuição de alimentos a moradores de rua, que demanda certa quantidade de voluntários. Se estes voluntários utilizarem a tecnologia em suas ocupações sociais, como as profissionais, por exemplo, obterão ganho de tempo e gerarão trabalhos e melhor qualidade. Desta forma poderão redirecionar o novo tempo disponível para as ocupações filantrópicas, desenvolvendo, inclusive, novas frentes de trabalho.
Obviamente este é somente um pequeno exemplo das consequências saudáveis da utilização e da gestão da tecnologia em nossas vidas; porém, cada um de nós precisa descobrir como esta aplicação vai ocorrer.
Enfim, com as descobertas de aplicações diversas em nossas vidas, as inovações tecnológicas tendem a se tornar nossas aliadas na qualidade de vida, objetivo de todos nós em nossa evolução espiritual. Cabe a cada um refletir sobre como isso pode ocorrer.
Para facilitar, pode gerar um guideline individual, composto de condições essenciais para a descoberta. Tem-se as seguintes condições para nossa efetiva inserção na gestão da tecnologia e aplicações em nossas vidas:
- Buscar saber quais são as mais recentes descobertas em termos tecnológicos, sem receios e sem preconceitos.
- Verificar quais as inovações que podem ser aplicadas em nossas vidas, tanto na pessoal quanto na profissional.
- Detectar pontos para aplicações: instituições, grupos sociais, empresas, órgãos, publicações que fazemos em redes sociais etc.
- Testar a aplicação para saber da efetiva ajuda.
- Detectar os benefícios, principalmente aqueles relacionados à maior disponibilização de nossas ações para atividades filantrópicas e sociais.
- Implantar a utilização.
- Constantemente reavaliar a aplicação e verificar se existem novas inovações e novas aplicações, iniciando novamente o ciclo de aprimoramento pessoal.
Uma vez instalada a aplicação e detectados os benefícios, será possível obter a sensação de melhoria e bem estar na evolução pessoal, principalmente a espiritual.
Enfim, definitivamente viveremos nosso tempo de maneira intensa, efetiva, e descobrindo as maravilhas que é poder sentir a evolução sendo aplicada a cada momento e em cada ato por nós gerado na comunidade.
Por José Turibio de Oliveira, 2025 – turibiooliveira@uol.com.br
