Histórias da Amélia – Depoimento ex-educanda Nathália

“A verdadeira beleza é a interior”

Ela é dona de um lindo sorriso. Bonita, simpática, decidida e inteligente. Assim é Nathália Costa. Caçula de três irmãos, a ex-educanda da Amélia Rodrigues, hoje com 22 anos, entrou com seis meses na creche e ficou até os 15.

A família, moradora do Bairro Palmares, em Santo André, viu na Instituição o local ideal para deixar a pequenina, a fim de proporcionar-lhe os primeiros passos rumo à formação educacional e de valores ético-morais.

“A Amélia foi uma casa para mim. Ao entrar, vem em mente toda minha infância. Os bons e especiais momentos onde podíamos brincar e nos divertir”, relembrou. “Adorava o projeto Zippy (educação emocional). As regras ajudavam a sabermos escutar o outro e nos comunicarmos melhor”, comentou. “Lembro-me sempre da Dona Terezinha (fundadora da Instituição). Quando chegávamos, nos abraçava e nos chamava de filhos. Sou grata por tudo o que fez por mim e por minha família”, afirmou.

Paixão pelas artes

Entre os educadores que mais marcaram sua vida estão a Mara e o Edgard, este último foi o responsável por introduzi-la naquilo que viria a ser sua paixão: dançar. A adolescente fazia parte do grupo de dança da Amélia, onde fez grande amigos, e o educador foi ponte para que pudesse frequentar a Escola Agnes Ballet, onde fez formação por seis anos.       

Após o ensino médio, a jovem fez técnico em Administração de Empresas, chegou a estagiar, mas a paixão pelo movimento falou mais alto: “sempre fui da dança, que abriu portas para mim. Fiz vários workshops para me atualizar. Há 7 anos iniciei também a carreira de modelo, onde atuo profissionalmente há 4”, pontuou.

Nathália já trabalhou para agências, mas hoje segue carreira independente. Tem no currículo desfiles de moda, fotos e, dentre os destaques, esta atuar para a marca de Cosméticos Catharine Hill. Quando questionada sobre como fugir às ilusões desse universo, a modelo é enfática: “em primeiro lugar, eu oro a Deus, para pedir e agradecer. E para seguir no foco, temos que saber qual o nosso propósito, independente dos obstáculos, porque eles virão”, comentou. “Na Amélia, me tornei batalhadora, respeitosa e generosa. Aprendi a me colocar no lugar do outro, a ter empatia. Minha mãe sempre esteve ao meu lado e me apoiou”, considerou.

“Quero ser reconhecida por ajudar mulheres a serem elas mesmas. Para mim, não existe padrão de beleza, a interior é a que chama mais atenção. As pessoas veem o seu caráter, como você é por dentro, como você lida com os outros. Essa é a maior riqueza e beleza”, finalizou.